A Revolução dos pequenos gestos.

(por .Fe.Mazi)

Muitos e muitos escritos comprovaram e comprovam: O Sistema Educacional necessita de uma revolução! Apesar de forte, a informação de que a educação está falida é verdadeira.

Interessante observar que é comum encontrarmos resultados a respeito da educação em iniciativas particulares, ONGs, comunidades, projetos, mas não na escola em si, claro, mais especificamente nossas escolas estaduais.

Lecionei Artes durante 1 ano em escolas do Estado, 1º, 3º, 5º, 6º e 7º séries. Ou seja, acompanhei distintos momentos da vida de uma criança e de um jovem de periferia e pude comprovar a triste realidade que os cerca.

Jovens que trazem em si a violência de seus lares, jovens sem perspectiva, onde uma faculdade parece cada vez mais uma ilusão, jovens que já se acostumaram aos gritos dos professores e ás notas baixas, e por isso são classificados como alunos F, alunos de 4, 5, alunos insuficientes.

Óbvio que tudo isso faz parte de um grande círculo que deve ser quebrado, famílias desestruturadas geram filhos desestruturados, tais famílias cobram da escola a educação que não tiveram condições de dar, a escola alega que seu papel não é educar no sentido da educação e respeito que devem vir do lar, por outro lado os professores são extremamente mal valorizados, e assim vai.

Como então gerar pensadores numa sociedade ansiosa, depressiva e consumista onde somos números e assim somos taxados, classificados? Vocé é insuficiente! Qual a repercussão de ouvir isso na vida de um jovem?

Apesar de tudo isso, vejo esperança. Acredito na força dos pequenos gestos, nas pequenas iniciativas e as acompanho com muito entusiasmo. Não acho que veremos as escolas serem totalmente reformuladas num futuro próximo, não acredito nisso. Mas vi muitas vezes, um simples professor (um fantástico pensador) situado em alguma comunidade distante e carente, revolucionar uma classe com seus pensamentos. Nisso eu acredito.

Podemos começar uma pequena revolução aqui mesmo! Temos o suficiente pra isso. Qualquer um pode reunir um pequeno grupo, visitar um museu, falar de filosofia num parque, admirar a obra de arte escondida na natureza. Avaliar o humano não como um número reprovado numa avaliação, mas sim com o testemunho de seus atos no dia-a-dia.

Pois bem, lançamos aqui a campanha: Admite-se Pensadores! Quem vai aderir....?