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Sobre a vida...

(por .Fe.Mazi)

Houve uma corrente filosófica na Roma antiga, chamada de Cinismo. O fundador do Cinismo foi Antístenes, mas coube á Diógenes de Sinope tornar-se o símbolo desse movimento. Diógenes levou à radicalidade os princípios elaborados por Antístenes.

A essência do Cinismo era viver sem meta e satisfazer a própria animalidade, rejeitando as comodidades oferecidas pelo progresso. A felicidade do homem está em precisar de pouco para viver. Somos livres quando não precisamos de nada.

Diógenes de fato, vivia como um "cão" pela Roma antiga, perambulando na extrema miséria, tendo como únicos bens um alforge, um bastão e uma tigela, que simbolizavam o desapego e a auto-suficiência perante o mundo. Vivia segundo suas necessidades imediatas e expressava-se como queria. Aliás, tal aspecto era uma importante característica do Cinismo, a liberdade de expressão. Falar o que se pensa sem medo das consequências. Havia também a "Anáideia", a liberdade de ação, não ter vergonha de nada, de mostrar quem de fato é.

São inúmeras as histórias contadas sobre ele na Antiguidade. Um famoso episódio conta que Alexandre o Grande, ao encontrá-lo, teria perguntando o que podia fazer por ele. Da posição de Alexandre, este fazia sombra sobre Diógenes, que simplesmente responde-lhe: "Não me tires o que não me podes dar." Em outras palavras: "Deixe-me ao meu sol!"

Diógenes foi o exemplo radical da indiferença cínica perante o mundo, desprezava a opnião pública e dizia: "Sou uma criatura do mundo (cosmos), e não de um estado ou uma cidade (polis) particular."- manifestando assim um cosmopolitismo raro em seu tempo.

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