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A vida sob a ótica Platônica.

(por .Fe.Mazi)

Para Platão, o corpo é o cárcere da alma. Existe nele uma concepção dualista. A alma pertence ao supra-sensível e o corpo ao sensível. Podemos usar a metáfora da prisão e do prisioneiro para ilustrar essa idéia. O corpo aprisiona a alma.

O corpo é causa de todos os males da vida presente, tudo o que é ruim vem do corpo. Sendo assim, na ética platônica, morrer é liberdade para a alma. Tal raciocínio encontra muitos adeptos nas diversas religiões. Mas em Platão há um certo radicalismo, desejar a liberdade da alma é desejar a morte do corpo.

A filosofia é então, "exercício de morte", claro, morte para o corpo. Mas por que? Se considerarmos que o filósofo é aquele que busca a sabedoria, o conhecimento verdadeiro, a verdadeira vida, isso tudo é sinônimo de morte para o corpo. Libertar-se do que oprime a alma e não a deixa alcançar a verdade.

É o conceito de "Fuga do Mundo". Essa fuga é exatamente o aproximar-se daquilo que é virtude e de deus (deus aqui simbolizando as realidades supra-sensíveis).

"Esse fugir consiste em nos assemelharmos a deus na medida de nossas possibilidades humanas. Assemelhar-se a deus é adquirir justiça, santidade e sabedoria." - nos diz Platão. Fugir do mundo é fugir do mal que o mundo representa, através da filosofia. O conhecimento purifica a alma. Conhecimento aqui não como informação apenas, mas como impregnação da consciência.

É conhecendo que cuidamos de nossa alma.

Num mundo extremamente materialista e finito, é interessante analisar tal raciocínio. Como o palpável, o visível perde seu valor diante de algo maior, a liberdade. Não o poder de ir e vir, mas a liberdade que alcançamos ao nos depararmos com a verdade absoluta, a meta do filósofo.

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