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Mentir.

(por .Fe.Mazi)

Semana passada li um artigo muito interessante sobre a mentira. Faço aqui uma síntese desse artigo.

Em primeiro lugar é necessário diferenciar mentira de erro. Uma coisa é cometer erros, outra é ter a intenção de enganar alguém. Sendo assim, se respondo errado numa prova, não estarei mentindo, apenas errando. Mas se faço por exemplo uma conta errada de forma a prejudicar alguém, com o intuito de lhe tirar dinheiro em meu proveito, estou mentindo. A mentira é uma fraude.

Só há mentira quando existe a intenção de enganar. Só há mentira quando existe um outro. A mentira cabe apenas na relação social, enquanto o erro pode existir fora da relação social. A mentira é o modelo de uma relação social perversa, deformada. Ela se opõe a relações sociais melhores, verdadeiras, genuínas e transparentes.

Mas será que podemos resumir tudo assim? Talvez o assunto seja mais amplo e complicado. Talvez pelo fato de que haja mentiras necessárias e mesmo boas. Exatamente! Eu sou obrigado a mostrar aos outros tudo que eu sou? A me expor completamente? Não. Sendo assim, meu dever de verdade está relacionado com o tipo de vínculo que tenho ou quero ter com aqueles á minha volta. Um vendedor tem o dever de ser verdadeiro com seu cliente apenas no que compete ao vínculo criado por sua profissão. Se seu cliente quiser saber algo sobre sua vida, o vendedor não precisa fazê-lo, e se o fizer, pode até mentir.

Alguém que é questionado por um assassino sobre onde sua vítima se escondeu, não tem o dever de ser verdadeiro. O assassino não tem o direito de saber sobre o que está sendo questionado, nem a pessoa tem a obrigação de lhe dizer, tornando-se cúmplice.

Enfim, a mentira tem a haver com as relações sociais que construo com as pessoas. Que tipo de relação e vínculo quero ter. Nada disso reduz a exigência da verdade com os outros nem consigo mesmo, mas tem a ver com a verdade pertinente ao meio social ao qual estou inserido, sou eu um vendedor honesto, um pai correto, um filho verdadeiro, um professor íntegro?

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