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O solo da educação.

(por .Fe. Mazi)

No início do séc. XX, os franceses Alfred Binet e seu colega Pierre Simon, criaram um instrumento bastante engenhoso, o teste do Quociente de Inteligência, o famoso teste de Q.I. Este servia basicamente para a identificação de crianças com um retardamento intelectual, que pudesse, no futuro prejudicar as chances da mesma na aprendizagem.

Logo em seu início, se questionou muito a validade e alcance de tal teste, que não mede por exemplo, a criatividade e originalidade. Pensava-se também haver somente dois tipos de inteligência, lógica e linguística. A inteligência claro, pode ser medida, mas não é a medida. Isso acaba sendo reflexo de uma sociedade que só valoriza o que pode ser medido.

Um grande psicólogo, que revolucionou o modo de se pensar e abriu o grande leque das muitas inteligências existentes, é Howard Gardner, conhecido especialmente por sua teoria sobre as Ineligências Múltiplas.

Gardner diz que, todos são capazes de aprender e desenvolver os tipos de inteligência, contanto que seja estimulada pela sociedade. O fator hereditário existe, mas o meio propicia o desenvolvimento. Inteligência não se mede, é algo único, como uma impresão digital.

Os canais de aprendizagem são tantos quanto o número de inteligências. A escola tem a função social de trazer o conhecimento. Esta deve se preocupar com a cidadania, transmitir valores. Uma sociedade sem valores não chega á lugar algum.

Howard Gardner também prega a educação para a felicidade, educar para o bom, para o belo e para o verdadeiro. Mas como aplica-se tal teoria?

Bem, a começar pelas pequenas modificações. A concepção antiga de avaliação era de constatar quem sabe e quem não sabe. Mas não existem aqueles que não sabem! Deve-se incluir o aluno no círculo de aprendizagem, entender o que ele não compreende e o porquê de sua não compreensão, para assim poder ajudá-lo.

A prova é um instrumento e não o instrumento. Avaliar através de uma prova, e só através dela é desconsiderar as particularidades de cada aluno. Se aplico uma prova com dez questões, e meu aluno acerta nove, ele é considerado bom, mas esqueço que ele pode ter dificuldades em falar, se expor, trabalhar em grupo.

É necessário de certa forma, revolucionar o método de avaliação. Avaliar não por notas, mas por conceitos. Relatórios feitos pelos alunos e apresentados aos pais por exemplo. A avaliação deve ser contínua. É preciso particularizar o ensino.

Claro, sabemos das inúmeras dificuldades que assolam o campo da educação. O descaso de um governo de um lado e a desmotivação de professores mal valorizados de outro. Não entrarei aqui nos muitos problemas a serem resolvidos. Existirá sempre o real e o ideal.

No entanto, na semana em que comemoramos o dia da Educação, deve-se tentar ao menos, abrir-se para a necessidade de transformar a sala de aula numa arena poética, jogar sementes de solidariedade no pedregoso solo da educação e esperar que pelo menos uma dessas sementes brote. Valorizemos nossos professores!

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