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11:05:00

O dia da Educação

(por Luciano Silvestre)

"Educar é um ato de amor"
Paulo Freire
Ontem, 28 de abril, foi comemorado o dia da Educação. O jornal diário Folha de S. Paulo trouxe um informe publicitário sobre educação. Um ideia boa, mas que poderia ser levada mais a sério e falar apenas de educação, não apenas dos incríveis projetos criados pelo governo. Contudo, o objetivo deste artigo não é criticar matérias de jornais nem governo, mas mostrar a importância da educação.

Diante desse mundo capitalista em que vivemos, é necessário conhecer muito bem as coisas, para que não sejamos vítimas de armações e não tenhamos nossos direitos desrespeitados. Conhecendo as coisas, ficará muito mais difícil de ser enganado e será muito mais fácil reivindicar os direitos do cidadão.

A educação é a base de uma nação. Quanto mais qualificada uma nação é, mais próspera ela será. Com educação para todos, colocaremos um ponto final na desigualdade social. É preciso que todos tenham o seu papel na educação: as crianças de estudar, os pais de acompanhar o desempenho das crianças, os professores de educar e o governo de dar apoio e estrutura para que tudo isso aconteça de forma digna e organizada.

Por isso, faça sua parte, lute pela educação. Ela é a nossa esperança de que um dia teremos um mundo melhor, mais consciente.
11:09:00

Sinais da esperança.

(por .Fe.Mazi)

Há sempre uma flor a insistir em desabrochar em meio á aridez do deserto. Nem tudo é trevas afinal. Temos o costume de criticar tanto, que ás vezes esquecemos de observar os raios de sol que transpassam tais trevas.

Ontem no Jornal Nacional, houve uma matéria muito interessante que acho digna de ser citada aqui. Foi mostrado como a tecnologia, quando bem usada, pode beneficiar muitos.

No interior do Amazonas, uma antena rompeu o isolamento de cinco séculos e deu início á uma nova maneira de aprender. São aulas de Educação Física que são transmitidas ao vivo: Professores em um estúdio em Manaus, alunos em 16 municípios do interior do Amazonas.

A tecnologia está permitindo á muita gente, 16 mil professores em cinco anos no Amazonas. Professores de ensino básico que só tinham o nível médio. De fato, o método á distância têm beneficiado muitos. Pessoas que só podiam sonhar com um ensino superior, agora vêem seu sonho virar realidade.

No Brasil, já são mais de 2,5 milhões de estudantes de educação a distância. O avanço tecnológico foi o fermento dessa revolução.

“Computador, internet, multimídia. Essas novas tecnologias vêm a somar com a necessidade da sociedade de atualização de conhecimentos, e de forma mais conveniente. A escola ou a universidade vem até elas e não vice-versa”, explicou Fredric Litto, presidente da Associação Brasileira de Educação a Distância.

A educação a distância surgiu no século XIX. Com 150 anos, a University of London é a pioneira. Tem 40 mil alunos em 180 países. Produziu cinco prêmios Nobel. O mais ilustre, o ex-presidente da África do sul, Nelson Mandella, fez o curso de Direito por correspondência na prisão.

Na Segunda Guerra Mundial, soldados americanos já estudavam a distância. “Foi no pós-guerra, com a necessidade de formar profissionais rapidamente para que dessem conta de reconstruir os países da Europa, principalmente, que a educação a distância teve um grande impulso”, lembrou Beth Almeida, professora de Tecnologias na Educação (PUC/SP).

Saibamos apreciar tais iniciativas. Grandes exemplos em pequenas atitudes.
08:00:00

Internet: amiga ou vilã?

(por Luciano Silvestre)

A palavra internet tornou-se comum em meados de 1996 e desde então vem evoluindo. Mas as bases desse sistema remotam aos tempos da Guerra Fria, entre Estados Unidos e União Soviética, quando o governo americano decidiu desenvolver algo onde fosse possível a troca de informações entre seus computadores militares.

Atualmente, o público-alvo da internet é o jovem. Sites de relacionamento, como o Orkut, viraram febre mundial. São mais usuários a cada momento. Programas de mensagens instantâneas também viraram moda.

Mas vale lembrar que isso tudo não é um mar de rosas, mas sim um gerador de infinitos tipos de problemas, que podem ir desde o término de um relacionamento por causa do Orkut à casos de pedofília, que se tornam cada vez mais comuns.

Há quem critique o uso intenso da internet pelos adolescentes, mas também existem aqueles que defendem a ideia de que eles acabam aprendendo e até mesmo se informando pela internet. Deve-se controlar o uso entre a diversão e a informação.

Nesse mundo de informações, é necessário que os usuários fiquem atentos e denunciem qualquer ato criminoso presenciado na internet. Só assim teremos o verdadeiro objetivo da internet: troca de informações.
11:29:00

Inclusão digital de quem......?

(por .Fe. Mazi)

Na longínqua época do descobrimento, houve uma "troca de presentes" entre índios e portugueses, nativos e estrangeiros, entre explorados e exploradores por assim dizer. Em àquele choque de culturas, portugueses "generosamente presenteavam" os habitantes daquele belo território, com espelhos, relógios, etc... (ouro até!) os nativos afetuosamente davam-lhe a honra de portar os objetos característicos de suas tribos, colares, adereços, enfim...

Pois bem, o que essa conversa do passado tem a ver com inclusão digital? Talvez o fato de que, o modo como essa inclusão tem sido feita, talvez não esteja incluindo ninguém. Muitas vezes, os computadores nas mãos de pessoas mal instruídas, são como os espelhos e relógios nas mãos dos índios.

Concretamente não se pode entender inclusão, como uma simples alfabetização informatizada do Windows e pacotes de escritório. A pessoa deve compreender aquele complexo aparelho que está á sua frente, afim de que este possa de fato melhorar sua vida, seu dia-a-dia. O que se faz com uma torneira se não há água para escorrer por ela? Muito bem, como pode haver inclusão digital se não há linha telefônica e professores capacitados para ministrarem tal inclusão? Simplesmente não se inclui......!

Desde a década de 90, acadêmicos e especialistas em tecnologia da informação deram início á uma série de debates sobre um quadro preocupante e que pouco mudou, países subdesenvolvidos e em desenvolvimento, estão perdendo muito por falta de informação. Sem meios necessários e recursos apropriados, tais países deixam para trás um grande leque de opções sobre como aquecer a economia e melhorar os baixos índices sociais.

Deve-se questionar até que ponto uma inclusão acontece realmente, e a relação que esta tem com a própria inclusão social. Quem e como estamos incluindo?
08:00:00

Planejamento de ensino

(por Luciano Silvestre)

Esta semana, ajudando um aluno da rede pública a fazer uma pesquisa escolar, percebi algo muito interessante no planejamento de aula. Recorrendo ao pai das informações, mestre Google, digitei uma das perguntas do trabalho. Encontrei o resultado, mas também outra coisa: vários alunos, também da rede pública, perguntando sobre o trabalho, em sites de perguntas e respostas, como aquele do Yahoo!.

Visto isso, comecei a pensar no plano de aula da educação estadual. Na minha opinião é inadmissível que todos os alunos (sem exceção) tenham a mesma aula e que devam realizar o mesmo trabalho. Deve-se valorizar o ambiente em que o aluno vive. Do jeito que está estaremos formando cópias de cidadãos que saberão a mesma coisa, sempre.

Este é apenas mais um dos pontos que devem ser revistos na educação brasileira, neste caso, estadual. Também é necessário que professores tenham consciência para ensinar aquilo que tem sentido em uma escola. Por favor Estado, chega de pesquisas sobre o que diferentes raças de cachorros ou gatos têm em comum. É revoltante saber que esse conteúdo é pedido em uma sala de aula, principalmente em forma de pesquisa.
13:31:00

Um pouco de História...

(por .Fe. Mazi)

Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, foi batizado em 12 de Novembro de 1746. Nascido no distrito de Pombal, na época território disputado entre as vilas de São João del Rei e São José do Rio das Mortes, em Minas Gerais, foi dentista, tropeiro , minerador, comerciante, militar e ativista político, atuando no Brasi Colonial nas capitanias do Rio de Janeiro e Minas Gerais. É reconhecido como mártir da Inconfidência Mineira, patrono cívico e herói nacional.

Após o falecimento da mãe, em 1755, segue junto com seu pai e irmãos para a vila de São José. Dois anos depois, com onze anos, morre seu pai. Com a morte prematura dos pais, logo sua família perde as propriedades por dívidas. Tiradentes fica então sob a tutela de um padrinho, que era cirurgião. Trabalhou como minerador e também se dedicou ao estudo farmacêutico e ao exercício da profissão de vendedor de alhos, o que lhe valeu a depreciativa alcunha de Tiradentes.

Com os conhecimentos que adquiriu no trabalho de mineração, torna-se técnico no reconhecimento de terrenos e na exploração dos seus recursos. Começa a trabalhar então para o governo no reconhecimento e levantamento do sertão brasileiro. Em 1780 alista-se na tropa da capitania de Minas Gerais e em 1781 é nomeado comandante do destacamento dos Dragões na patrulha do "Caminho Novo", estrada que servia como rota de escoamento da produção mineradora da capitania mineira ao porto Rio de Janeiro. Nesse período, Tiradentes começa a se aproximar de grupos que criticavam a exploração do Brasil pela metrópole.

Insatisfeito na carreira militar e por ter perdido o posto de comandante, pede licença da cavalaria em 1787. Mora por volta de um ano na cidade carioca, e nesse período idealiza o projeto do bondinho do Pão-de-Açúcar e a canalização dos rios Andaraí e Maracanã, para a melhoria do abastecimento de água no Rio de Janeiro, porém não obtém aprovação para a execução das obras. Tal desprezo faz aumentar seu desejo pela liberdade da colônia. De volta á Minas Gerais, começa a pregar Vila Rica e arredores a favor da independência daquela colônia. Organiza um movimento, aliado á integrantes do clero e da elite mineira.

Os líderes da "Inconfidência" pretendiam iniciar o movimento na noite da inssurreição, saindo pelas ruas de Vila Rica dando vivas á República. Porém, antes que a conspiração se transformasse em Revolução em 15 de Março de 1789, foi delatada aos portugueses. Os delatores tiveram, em troca de seu ato, o perdão de suas dívidas com a Real Fazenda.

Negando a princípio sua participação, Tiradentes foi o único a assumir posteriormente, toda a responsabilidade pela "Inconfidência", inocentando seus companheiros. E assim, numa manhã de sábado, 21 de Abril de 1792, Tiradentes percorreu em procissão as ruas do centro da cidade do Rio de Janeiro, no trajeto entre a cadeia pública e o patíbulo armado. O governo tratou de transformar sua via-sacra numa demonstração de força da coroa portuguesa. A leitura da sentença durou 18 horas, após a qual houve discursos de aclamação á rainha e um cortejo munido de verdadeira fanfarra e composta por toda a tropa local.

Executado e esquartejado, com seu sangue se lavrou a certidão de que estava cumprida a sentença, tendo sido declarados infames sua memória e seus descendentes. A casa em que morava foi arrasada e jogado sal no terreno, para que nada lá germinasse.

Onde se encontrava sua prisão foi erguido o Palácio Tiradentes, onde foi enforcado se encontra a praça Tiradentes e o lugar onde sua cabeça foi exposta, fundou-se outra praça com seu nome. Seu nome consta no Livro de Aço do Panteão da Pátria e da Liberdade, sendo considerado herói nacional.
08:00:00

(Des)preocupados

(por Luciano Silvestre)

O que encontramos hoje, nas intransitáveis ruas das grandes metrópoles, vão além de congestionamentos e poluição. Expressões faciais, manias e tiques, podem se resumir em um único problema: preocupação.

Não existem dúvidas de que a nossa sociedade é uma das mais preocupadas dos tempos modernos. E também a mais preocupante. Trabalho, escola, relacionamentos tranformam-se em grandes preocupações para as pessoas. O pior de tudo é que esse "transtorno da preocupação" tende a piorar mais ainda com o andar da carruagem, a qual chamamos mundo.

Já parou pra pensar que nos preocupamos tanto com os problemas pessoais que sequer cumprimentamos as pessoas que estão à nossa volta? Pensamos na parcela do carro que temos de pagar ao fim do mês mas nem passa por nossa cabeça a ideia de que estamos contribuindo ainda mais com o aquecimento do planeta. Usamos a água como se fosse um bem infinito e inesgotável e nos esquecemos de que uma hora ou outra, ela terá o seu fim. Estes são apenas alguns exemplos de (des)preocupações.

Permita-me, caro leitor, que lhe mostre mais um exemplo: hoje, 19 de abril, é dia do índio. Você preocupou-se com isso ou com o feriado prolongado?

Isso tudo nos leva a refletir sobre como somos tão preocupados e despreocupados ao mesmo tempo. Cuidai para que não vos apegueis ao transtorno da preocupação. Sejamos felizes.
14:34:00

A super-estrutura.

(.Fe.Mazi)

Karl Marx (1818-1883), filósofo alemão, cunhou o termo "ópio do povo", aplicando-o á religião. Seu pai era judeu e educou-o com a leitura de filósofos iluministas, como Diderot, Voltaire e Rousseau. Posteriormente sua família converte-se ao Cristianismo por conveniência. O socialismo de Marx nada mais é do que uma decorrência do seu ateísmo. Um ateísmo político-social. Antes de Marx já existia o socialismo, mas foi ele quem lhe deu uma base econômica mais séria.

O termo ópio do povo se refere ao fato de que, para Marx, a religião era nada mais que um anestésico, que aliaviava as dores da humanidade causadas pela opresão econômica. Esta servia ao seu propósito somente enquanto não houvesse uma ascensão do proletariado. "É preciso transformar os cidadãos do céu em cidadãos da terra." - dizia.

Para exemplificar sua teoria, comparava a ascensão do trabalhador á uma construção. Há a estrutura da casa que está sendo construída, e há a super-estrutura, que dá suporte, que ampara enquanto a estrutura não tem força por si mesma. Assim que a estrutura da casa conseguir se sustentar, a super-estrutura é descartada, não mais necessária.

A religião de fato, pode se tornar o ópio manipulador do povo, mas será que é de sua essência servir de mero anestésico? Ou será que o homem transformou a religião em ópio? A religião é alienante? Qual o papel da fé? Seria ela necessária tanto aos ricos quanto aos necessitados?

A história coloca á nosso dispor um grande acervo, para que possamos nos questionar, fazendo uso dos questionamentos do passado.

Conhece os outros aquele que pergunta aos outros, conhece-se a si mesmo aquele que se questiona.
08:00:00

O fim do vestibular

(por Luciano Silvestre)

No Educação em Destaque de hoje, você confere um resumo sobre as principais mudanças que o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) sofrerá este ano. A proposta feita pelo ministro da educação, Fernando Haddad, quer que os vestibulares da universidades federais sejam substituídos por um novo ENEM. Você também pode votar na enquete do nosso blog. Sua opinião é bem-vinda.

A prova
Antes uma única prova, constituída de 63 questões e 1 redação. No novo modelo serão 4 provas com 50 questões cada além da redação. Serão aplicadas em 2 dias, provavelmente 3 e 4 de outubro.

As perguntas
O ENEM sempre centrou-se em habilidades como raciocínio lógico e interpretação. Agora será cobrado o conteúdo, presente em vestibulares tradicionais. O candidato deverá aplicar este conteúdo para resolver situações.

As disciplinas
Divididas em 4 áreas: linguagens e código (língua portuguesa, inglês e redação), ciências humanas (geografia e história), ciências da natureza (biologia, física e química) e matemática. As questões serão interdisciplinares, ou seja, o aluno poderá encontrar na mesma pergunta cobrança de conteúdo de mais de uma matéria.

Como se preparar?
O programa ainda não foi divulgado, mas estima-se que a prova será parecida com o vestibular da Unicamp.
10:22:00

Não deseje a estabilidade.

(.Fe. Mazi)

Comumente nos classificamos em pessoas calmas, nervosas, alegres, e assim por diante. Esse acaba sendo um grande erro. Não existem pessoas ansiosas ou irritadas em todos os momentos, ao contrário do que muitos psicólogos e psiquiatras acreditam. Não existe estabilidade emocional.
Isso porque não há equilíbrio no campo de energia psíquica. Somente mortos seremos estáticos.

Claro, devemos caminhar e nos comportar segundo um certo padrão, senão seremos demasiadamente instáveis e isso poderia desencadear certos problemas. Mas nossa emoção será sempre flutuante.

Não deseje a estabilidade. Ela pertence aos robôs. Eles sim são simplistas e estáveis, incapazes de sonhar, se angustiar, filosofar.... enfim, criar.

Nosso campo de energia psíquica vive num estado contínuo de desequilíbrio e transformação. Por quê um momento feliz ou um momento triste se dissipa?
Porque inevitavelmente a energia psíquica da dor ou do prazer, passa pelo caos (desorganiza-se) e se reorganiza em novas emoções. Impossível interromper o caldeirão de ideias e emoções que fervilha em nós.

Os problemas nunca vão desaparecer, e estes existem para serem resolvidos. Devemos extrair lições de nossas aflições e fazer nosso sofrimento ter sentido.

Há mais de três milhões de pessoas, jovens e adultos, com transtorno do sono em São Paulo. Suas camas se transformam num campo de guerra: A guerra do sono. Levam todos os problemas e todo o lixo social que acumularam durante o dia para a cama. Não aquietam suas mentes e não descansam. O sono não é reparador, não repõe a energia gasta pela hiperprodução de pensamentos.

Pensar é bom, refletir é ótimo, mas pensar demais é um dos problemas que podem destruir a qualidade de vida de alguém.

O homem moderno padece do mal social. Das dez principais causas que têm adoecido o ser humano. sete são sociais. Medo do futuro, da solidão, do desemprego, insegurança.

As pessoas perderam suas defesas emocionais e se tornaram uma fábrica de estímulos agressivos. A educação moderna, apesar de muitas vezes ter ilustres professores, está falida como instituição. Os alunos passam anos e anos conhecendo o mundo exterior, mas são estrangeiros á si mesmo. A escola não os prepara para a vida.

Multiplicamos em nosso século, o conhecimento e construímos as mais diversas e modernas formas de ter acesso á esse conhecimento, mas nunca o ser humano foi tão estressado e desconfortável. Somos vítimas das promessas do séc. XXI.

Nossa meta é a felicidade. Mas ser feliz do ponto de vista psicológico, não é ter uma vida perfeita, mas saber extrair sabedoria dos erros, poesia das desilusões e coragem dos fracassos.
13:47:00

Why so serious?

(por Juliana Rodrigues)

É uma pergunta feita por esta grande personagem da história em quadrinhos do Batman. Tal frase surge como um paradoxo da sociedade moderna, uma vez que enquanto todos estão preocupados com o fluxo capitalista, e deixam suas vidas serem regidas pelo dinheiro, temos o Coringa ‘estapeando’ a nossa face, já que esta preocupação torna-se ridícula a personagem.

Existem muitas coisas para serem destruídas segundo o Coringa, uma delas é o próprio valor humano e, nesse está o verdadeiro valor da maldade. Talvez, a humanidade esteja girando em torno dos dizeres maquiavélicos: “os fins justificam os meios”, todavia, enquanto a humanidade se mata para conseguir ‘money’, o Coringa explicita que mais que o fim, os meios seriam a fonte de grande prazer, a desgraça pela desgraça, a maldade pela maldade. Eis o porquê de ele ser mais forte que o próprio herói, Batman. Batman, não é livre porque escolheu fazer algo determinado. O que implica em princípios, éticas e morais. Batman faz a justiça, mas não destrói seus inimigos! Portanto, não pode destruir o Coringa. Essa contradição nos faz rever qual é o grande dilema da existência humana, afinal, o Coringa é livre, faz o que quer, a hora que quer. Psicopata? Mais que isso, é um ente agindo através de seus desejos, paixões e subjetivismo; e o que mais fazemos além disso? Somos Coringas inconscientes? Provavelmente seja uma consequência da própria estrutura interior do homem: somos constituídos, por dizê-lo de alguma forma, de ser e de nada.

Se olharmos para nossas hesitações, para nossas limitações, para nossas misérias, enfim, para tudo aquilo que em nós é demasiado humano, podemos ver-nos muito perto do nada; e se olharmos para Deus que nos criou, que nos amou e que nos redimiu, estaremos muito perto do ser. A tragédia humana é precisamente essa alternância. A serenidade só será encontrada no ponto de equilíbrio: esse ponto sutil onde o humano e o divino se encontram dentro do coração do homem. Eis, o ponto fraco do Coringa, ele espera que o ser humano tenha atitude egoísta, mas seu plano fracassa, uma vez que o coração humano fala mais alto e opta pela vida.

Outra atitude que parece nos surpreender é quando o Batman salva o Coringa da morte, o que realmente significa isso? Excesso de bondade? Ou Batman estaria salvando sua própria internalização maldita? Está posta a verdadeira contradição entre o Batman e o Coringa, um é extensão do outro, da mesma forma a nossa civilização se constrói entre liberdade pessoal, o desejo lúdico de inspirar a satisfação, o prazer e psiquismo da sociedade, a qual defende uma cultura que dita normas, regras, leis e condutas em um mundo que está caótico, preso na paranóia, gingando entre os perigos reais e fantasmáticos. Enfim, a estrutura colocada em Batman: O Cavaleiro das Trevas é de mais uma história em quadrinhos que aparentemente está ligada ao universo maravilhoso dos super heróis, no entanto, relata a vida e seus paradoxos, incluindo o qual supérfluo o ser humano conseguiu chegar, tendo em vista que nem a maldade em si nos conseguiu conquistar, pois estamos presos em uma vida fútil, capitalista e midiática.
08:00:00

Tempo de Páscoa, tempo de solidariedade

(por Luciano Silvestre)

Já faz tempo que a Páscoa não é comemorada com o seu verdadeiro sentido: a ressureição de Jesus Cristo. Hoje ela virou sinônimo de lucro no comércio. Ovos de chocolate, trufas e tudo o mais. Tem de todos os tamanhos, formatos e preços. De um lado os fabricantes correm para produzir novidades e, de outro, os consumidores correm para comprar. E a fé vai ficando de lado.

Fico feliz porque muitos podem comprar ovos de Páscoa para a família, mas infelizmente muitos não é o mesmo que todos. Não é difícil encontrarmos aquela criança que sonha ganhar um simples ovo de chocolate mas não ganha.

Existem associações ou instituições que se lembram dessas famílias carentes e resolvem levar a felicidade à elas. Isso ameniza o problema, mas não por completo.

Convido você, caro leitor, a pensar um pouco sobre como age e pensar nessas crianças carentes que tanto querem um ovo de Páscoa. Pense nisso. Páscoa também é tempo de solidariedade.
10:38:00

A frase inimaginável.

(.Fe. Mazi)

Hoje é sexta-feira santa. A data mais importante do Catolicismo, onde se faz memória, de modo especial, da paixão e morte de Jesus Cristo.

Este homem, que dividiu a história e o tempo, é um grande enigma. Uma charada sem o benefício das dicas, tanto para historiadores, cientistas, psiquiatras e religiosos. Seja qual for o campo de interesse, ele sempre desperta algum.

Obviamente este blog não é defensor de nenhum credo, não é o seu papel, mas gostaria apenas de salientar uma única frase de Jesus. A frase inimaginável.

"Pai, perdoa-lhes por que não sabem o que fazem!" - esta frase é narrada nos evangelhos pouco antes de Jesus padecer na cruz. Pois bem, por que essa frase? Se analisarmos, ela absolutamente não se encaixa no contexto da situação de morte de Jesus.
Poderíamos então considerar a Bíblia, ou pelo menos parte dela, como obra fictícia. Se olharmos por esse prisma, arrisco dizer que estaríamos diante do maior gênio criativo de todos os tempos, o inventor dessa frase. Bem, mas nem tudo está perdido, podemos olhar também pelo prisma psicológico e diagnosticar em Jesus um momento de delírio. Acontece que por delírio, entende-se uma postura assumida pela mente de, diante de situações extremistas de tensão ou stress, ou ainda outros fatores secundários, criar ilusões e frases desconexas, em outras palavras, criar um mundo próprio. O problema é que, se essa frase não se encaixa no contexto da situação de cruz, ela casa perfeitamente com as falas do próprio Cristo durante todo seu anúncio.

Enfim, independentemente de credo, Jesus foi o mais intrigante educador da história. Uma incógnita psicológica, que transformou homens interiormente despreparados e frágeis, em semeadores de sonhos em corações alheios.

Cada passo seu era imprevisível e inimaginável. Que neste dia, as atitudes desse homem, histórico ou espiritual, possa ao menos nos instigar a ver que cada acontecimento, desde o despertar de uma rosa até uma pessoa que cruza nosso caminho, é único no curto espetáculo do teatro de nossa vida.

Partilho aqui minha fé, não como proselitismo barato, mas como tentativa de abrir novos horizontes àqueles que aqui vêem.
Não poderia deixar esse dia passar em branco.
00:52:00

TopBlog 2009: nós estamos lá!

Caros leitores, hoje vamos com uma postagem um pouco diferente das outras.

O blog A Arte de Refletir foi indicado ao Prêmio TopBlog 2009, realizado pela Mix Mídia Digital.

O que é?
Um sistema interativo de incentivo cultural destinado a reconhecer e premiar, mediante a votação popular e acadêmica (Júri acadêmico) os Blogs Brasileiros mais populares, que possuam a maior parte de seu conteúdo focado para o público brasileiro, com melhor apresentação técnica específica a cada grupo (Pessoal, Profissional e Corporativo) e categorias.

Qual o objetivo?
O objetivo do Top Blog Prêmio é promover, divulgar e patrocinar a iniciativa dos proprietários de blogs que interagem socialmente pela rede internet com finalidade de compartilhar seus conhecimentos, idéias, experiências e perspectivas, contribuindo solidariamente com o desenvolvimento social e cultural do País.

Quando começam as votações?
O período de votação popular é do dia 04/05/09 as 02:00am até 11/08/09 as 11:55pm horário de Brasília.



Diante desta indicação, queremos agradecer do fundo do coração a todos os nossos visitantes e leitores. Contamos com a força de todos durante toda esta caminhada.
13:08:00

Malthus e a educação

(por Luciano Silvestre)

O economista britânico Thomas Malthus (1766-1834) já dizia que a população cresceria em uma escala geométrica enquanto a produção de alimentos em escala aritmética. Felizmente isso não acontece, mesmo com aqueles milhares que passam fome no mundo. Neste texto, convido-te a transportar a teoria de Malthus para a Educação, em especial a brasileira.

Sabe-se hoje que o déficit de professores no Brasil é enorme. Somente no Estado de São Paulo faltam mais de 245 mil professores. E a demanda de alunos continua crescendo, a passos largos. Todos sabem do problema, mas pouco fazem para resolvê-lo. É raro encontrar um aluno que acabou de sair do ensino médio falando que vai ser professor.

Desrespeito com a classe, falta de reconhecimento e salários baixos pesam na hora de ser professor. É praticamente certo que daqui pra frente (se tudo continuar como está) só será professor que realmente gosta da profissão, de ter contato com outras pessoas.

Se a falta de professores não bastasse, temos ainda um outro problema: muitos daqueles que atuam na educação estão nela porque não têm outra opção. Logo, é provável que não tevam a profissão tão a sério, como deveriam. Claro que existem suas exceções.

Ser professor é aprender e ensinar, tudo ao mesmo tempo. Na minha opinião, não há nada mais gratificante do que ser reconhecido por seus próprios alunos. Por isso, serei professor, por opção.
16:55:00

O porquê de um artista.

(por .Fe. Mazi)

O artista é alguém comprometido com a verdade, de um modo geral. Exatamente por sua postura de captar a essência das coisas, não pode abrir mão da verdade.

Primeiramente o artista é comprometido consigo mesmo, sua verdade. Ele plasma materialmente essa verdade. Sentimentos ganham cores, melodias e movimentos. Angústias e desejos são eternizados no mármore ou na lente da câmera.

"Há pessoas que transformam o sol numa simples mancha amarela,mas há aquelas que fazem de uma simples mancha amarela o próprio sol. " - dizia Pablo Picasso com sabedoria.

Além do compromisso consigo, o artista não deve se alienar. Apesar de muitos exemplos na história, de artistas que, incompreendidos, se isolaram e fizeram de sua vida uma reclusa obra de arte, descoberta muitas vezes somente após sua morte.

Ainda assim, o artista tem um responsabilidade social, que não pode simplesmente fingir não ter. Sua responsabilidade é de eliminar o supérfluo e representar, ou apresentar o essencial. Mostrar que o sol não é uma mancha amarela, mas sim...... o sol.

O artista pode denunciar e exibir uma crítica como ninguém mais é capaz de fazer. Plasmar a verdade por assim dizer, acredito ser o porquê de um artista. É o meu.
08:00:00

A ganância humana

(por Luciano Silvestre)

Se paramos para analisar a história da vida humana veremos que o espírito ganancioso foi e ainda é um fiel companheiro de todos nós.

Mas como tudo tem seus prós e contras, com a ganância não é muito diferente. Já imaginou se até os dias de hoje, em pleno século XXI, tivéssemos que fazer fogo com dois pedacinhos de madeira? Parece que nesse ponto o espírito de querer ser sempre melhor nos ajudou. A ganância, por um lado, ajudou o homem a descobrir coisas antes nunca imaginadas. Veja a bomba atômica, por exemplo.

A vontade de ter cada vez mais coisas e ser melhor do que o próximo, fez com que o ser humano se tornasse um "cego que enxerga". Para entender melhor toda esta história, recomendo que leia o livro de José Saramago, "Ensaio sobre a cegueira". Ou assita ao filme também.

Com o casamento perfeito entre ganância e capitalismo, a sociedade chega aos dias de hoje um pouco desconfigurada, como se diz na linguagem dos computadores: de um lado temos tecnologias impressionantes que não acabam mais; e de outro... bem, você já deve saber: fome, miséria, violência, desigualdade social e por aí vai.

Poderiam para um pouco de pensar em criar novas tecnologias e olhar para algo um pouco mais importante e essencial: o próprio ser humano.
10:53:00

O Niilista.

(por Fe. Mazi)

Pode-se definir o Niilismo como ausência de valores absolutos, em outras palavras, cada um faz o que considera satisfatório e prazeroso para si mesmo.

O filósofo alemão Friedrich Nietzsche (1844 - 1900), se intitulava o profeta do Niilismo, e dizia que este iria predominar o governo do século XX. Para ele, a democracia era uma forma medíocre de governo. O governo dos fracos.

Num certo sentido, o que Nietzsche profetizava, aconteceu. Pouco depois de sua morte, nasceu o Nacional Socialismo (Nazismo), que pregava a superioridade de uma raça superior, a raça Ariana.

Mas isso não ficou no passado. Somos testemunhas de que em nosso país, o que rege as coisas é a lei do mais forte, e não a moral ou a ética. Aliás, o que são essas coisas mesmo? Somos observadores do grande e sorrateiro Niilismo moderno. E ele está presente no campo social, estatal, político, privado, enfim, permeia nosso campo de existência.

Citava no artigo "O Agnóstico", o Niilismo privado, onde as pessoas simplesmente gozam da vida, o máximo possível, vivendo segundo um consenso inquestionável. No Niilismo "público", por assim dizer, vemos valer a lei do poder. E nossa mentalidade vem sendo educada desde criança, ao sermos bombardeados com a máxima da atualidade: "Pise pra não ser pisado!" - Nesse mundo é assim filho.

O importante é possuir. Interessante observarmos como a situação parece se voltar contra aqueles que pensam mandar em sua própria vida. Estes criticam os que ainda se fundamentam em algum valor, lhes rotulando de intolerantes e menosprezando sua postura ao negar a participação em determinada situação, já que para eles o certo ou o errado é só uma questão de convenção e concordância das partes. Pois bem, ao agirem assim se tornam nada mais do que vítimas da ditadura do poder, agindo conforme o consenso ditado pelos "mais fortes". Seguem como gados caminhando para o matadouro, guiados por seus benevolentes donos, que ditam seu modo de agir. E o mais triste, fazendo-os acreditarem que estão escolhendo os caminhos que trilham.

Passemos a questionar, diante do Carpe Diem que nos é oferecido diariamente. "O melhor é não pensar, pois isso angustia. O melhor é aproveitar."
08:00:00

Educação no século XXI

(por Luciano Silvestre)

Orkut, MSN, YouTube, Google. O século começou cheio de novidades e manias. Informações borbulham nos sites. Milhões de usuários diariamente. Seja bem-vindo(a) ao mundo da tecnologia.

Com todas essas ferramentas nas mãos, era impossível o comportamento dos estudantes não mudar. Hoje eles passam horas na frente de um computador, seja em sites de relacionamento ou fazendo pesquisas, de preferência no Wikipedia.

A tecnologia também entregou aos educadores, além de novas ferramentas, um grande desafio: educar de maneira que as inovações tecnológicas sejam usadas na sala de aula e promover a interatividade entre os alunos. O maior problema é que uma minoria de escolas está começando a entrar na era digital e uma maioria de professores não está adaptada às inovações.

O papel do professor, no entanto, não deixou e, dificilmente, deixará de ser essencial. Mas assim como já encontramos um novo aluno, devemos formar um novo tipo de professor, que se adeque à este perfil de aluno.

Para o novo professor, será indispensável o conhecimento das tecnologias. Criatividade também será essencial, para produzir materiais e conteúdos que despertem o interesse de seus alunos. Acabou aquela coisa de matéria no quadro e depois listas e mais listas de exercícios. É necessário interagir.

Mas, para que toda essa realidade se apresente de maneira uniforme nas escolas, cabe ao nosso governo, investir na infra-estrutura das escolas e promover cursos de especialização para os professores. Vale a pena esperar pra saber onde chegaremos.
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